Atualmente existem muito poucas lagostas grandes e idosas devido à intensa exploração a que estão sujeitas. Junto às costas, quase já não se encontram estes crustáceos. Os pescadores têm de usar um número cada vez maior de armadilhas para manter o mesmo nível de captura. A procura mundial de marisco está, pois, a dizimar os ecossistemas. No mundo inteiro, em cada ano, mais de 80 milhões de lagostas passam por este sofrimento. São consideradas um alimento de luxo, motivo pelo qual são bastante consumidas em épocas festivas como o Natal e a Passagem de Ano.
Caranguejos: É óbvio que qdo um caranguejo é cozido vivo, está sentindo dor, pois, à semelhança de outros animais, incluindo os humanos, tenta de todas as formas escapar. Os caranguejos, que são naturalmente territorialistas, são apanhados juntos e colocados em contentores ou caixas onde esperam pelo seu destino – assustados e confusos, muitas vezes chegam a lutar uns com os outros. Muitos partem as patas quando são apanhados de forma abrupta pelos pescadores. Uma boa parte deles morre antes de chegar aos locais de venda. O fim destes animais ocorre quando são atirados vivos para dentro de panelas de água fervendo – lutam tanto para fugir desta experiência horrível, que muitas vezes as suas pinças partem-se.
Camarões: são também crustáceos muito delicados. Partilham a mesma capacidade básica para experienciar o sofrimento que outros crustáceos, como os caranguejos e as lagostas.
E o “peixinho”? Os peixes agonizam em asfixia depois de retirados da água. Morrem por falta de oxigênio. E, não há coisa pior que a tal “pesca esportiva” – a sensibilidade da boca dos peixes, é comparável à sensibilidade em nossos órgãos genitais. O que você acharia de ser “pescado”, várias vezes, pelos seus genitais e depois devolvido à sua casa? Além da dor, o estresse sempre renovado. Segundo o Centro Vegetariano: O sistema nervoso dos peixes O sistema nervoso dos peixes é complexo e sofisticado… O olfacto está também muito desenvolvido em algumas espécies. Os salmões e outros peixes migradores apresentam o fenómeno “homing”, ou seja, voltam sempre ao rio onde nasceram para se reproduzirem. Está cientificamente provado que estas espécies “memorizam” o odor da água do rio onde nasceram, para um dia poderem voltar. Em muitas espécies, as papilas gustativas não se limitam à cavidade bucal, estão também noutras partes do corpo. Os ouvidos, além de permitirem a percepção de sons, funcionam também como órgãos do equilíbrio.
Os peixes têm sistemas organizados de comunicação entre si. Emitem substâncias de alarme em presença de predadores… Afinal, os peixes sofrem? Pelo acima exposto, e que tem sido consubstanciado por estudos levados a cabo nomeadamente por cientistas ingleses, a resposta é simples: sim, os peixes sofrem. Enquanto criaturas do reino animal, dotadas de um sistema nervoso central, os peixes possuem um sistema de dor que é anatómica, fisiológica e biologicamente semelhante ao das aves e outros animais. Os peixes reagem a sensações de dor e de prazer e, na verdade, partilham até semelhanças com o sistema nervoso dos seres humanos, já que algumas espécies possuem neurotransmissores como as endorfinas, que induzem a sensação de bem-estar e de alívio da dor. Logicamente, se os seus sistemas nervosos produzem analgésicos naturais, é porque estão pré-determinados para sentirem dor. Os referidos estudos constatam que a morte por laceração dos tecidos, sangramento e asfixia (que caracterizam a pesca) é extremamente cruel, porque fonte de grande sofrimento para estes animais, não só físico, mas também psicológico. Ao reagirem à dor, os peixes sentem também estresse emocional e apresentam uma série de espasmos e movimentos de contorção muito semelhantes ao comportamento dos vertebrados superiores, como os mamíferos, em iguais circunstâncias. E embora inaudíveis para os seres humanos, alguns peixes emitem sons para exprimir a sua agonia, conforme concluem pesquisas conduzidas por várias universidades dos Estados Unidos. Sabe-se hoje que os peixes são animais inteligentes e que algumas espécies apresentam fenómenos interessantes ao nível da memória, da capacidade de aprendizagem e até da antecipação do sofrimento. Com efeito, alguns dos estudos feitos constataram que os peixes, não só emitiam uma espécie de grunhido ao serem submetidos a choques eléctricos, como grunhiam à simples visão do eléctrodo, numa clara antecipação do sofrimento que dessa forma lhes ia ser infligido.
Por favor, se você come um peixinho de vez em quando, crustáceos, etc., você não é vegetariano. Pelo menos, tenha a dignidade de não se declarar como tal.
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