sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Tudo se move, tudo vibra

O som é uma forma de energia causada por vibração; combinando com o ritmo, resulta em música. As vibrações passam para a atmosfera sob a forma de propagação ondulatória quando então o ouvido humano torna-se capaz de captá-las, resta o cérebro para fazer a interpretação para dar sentido.


O número de vibrações na unidade de tempo chama-se freqüência. As unidades de medida de freqüência sonora são representadas pelo Hertz. Por sua vez, notas musicais são vibrações sonoras comunicadas através do ar e as freqüências de todas as notas de uma escala musical ficam definidas quando se fixa a freqüência de uma delas. Os músicos de hoje fixam a freqüência da nota La com 440Hz, mas sabemos que em outras épocas não havia esse padrão.

O som, a luz e o perfume são modificações vibratórias de um mesmo elemento, tal como a luz branca quando transpassada num prisma desdobra-se numa diversidade de cores é a partir do desdobramento de um único som primordial, que podemos denominar como “som cósmico” ou “vibração universal”, que surgem os diferentes sons de diferentes freqüências, é o princípio de unidade na diversidade.


Em física, uma curiosa frase diz o seguinte: “Os átomos reagem e se comportam como se tivessem padrões de ressonância e estabelecem um sistema que desintegra possíveis barreiras entre a Física e a Música”. A ciência moderna tende a confirmar a existência de uma vibração universal, superfísica, causa de toda matéria e de todo som, algo que já foi enunciado há milênios pelos Mestres do antigo Egito no Princípio Hermético de que “Nada está parado; tudo se move; tudo vibra.” Desta forma compreendemos que a estrutura do universo é essencialmente vibratória, e que de certa forma há um som Uno da causa vertido na pluralidade dos efeitos.


Além do fenômeno acústico, o som é capaz de produzir manifestações físicas poderosas. Diversos livros sagrados trazem citações sobre tais manifestações e mesmo que estes textos sejam uma alegoria para representar um conhecimento mais profundo e esotérico, um dos exemplos mais famosos é narrado na bíblia, no episódio em que Josué, munido também da “Arca da Aliança”, fez ruir as muralhas de Jericó ao som de sete trombetas e do brado do povo de Israel.



“Sete sacerdotes levarão sete trombetas de chifres de carneiros diante da arca; no sétimo dia rodeareis a cidade sete vezes, e os sacerdotes tocarão as trombetas.” (Josué 6:4)

Há muitos outros mistérios a serem compreendidos nesta passagem, no entanto, quando estudamos física, mais especificamente sobre o movimento ondulatório, descobrimos que o som ritmado, como a marcha dos soldados, pode determinar uma sobrecarga vibratória por ressonância suficientemente forte para acarretar o desmoronamento de uma ponte.


Dentre muitos outros exemplos que poderiam ser citados há o caso de um edifício na França onde funciona o Instituto de Pesquisas Físicas de Ultra-sons que começou a apresentar rachaduras, embora ninguém escutasse som algum, foi confirmado que o problema tinha como causa as vibrações sonoras em nível de ultra-sons.

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