O medo é a energia que contrai, fecha, isola, foge, esconde, amealha, faz mal.
O amor é a energia que expande, abre, liberta, fica, revela, partilha, cura.
O medo envolve os nossos corpos com roupagens, o amor permite-nos andar desnudos. O medo pega-se e agarra-se a tudo o que temos, o amor despoja-se de tudo isso. O medo cerca-nos, o amor enlaça-nos. O medo prende, o amor liberta. O medo infecta, o amor alivia. O medo agride, o amor apazígua.
Qualquer pensamento, palavra ou ação humana assenta numa destas emoções. Nada podes fazer quanto a isso pois não tens outras hipóteses de escolha. Mas o teu livre arbítrio permite-te escolher entre as duas. Dito, assim parece tão fácil e, no entanto, no momento da decisão, o medo vence mais frequentemente. Porquê?
Ensinaram-nos a viver com medo. Falaram-vos da sobrevivência dos mais aptos, da vitória dos mais fortes e do êxito dos mais espertos. Muito pouco se fala do triunfo dos mais afetuosos. E, por isso, esforçam-se por serem os mais aptos, os mais fortes, os mais espertos- de uma forma ou outra – e se, numa dada situação, se veem como algo menos que isso temem vir a perder, pois disseram-vos que ser menos é ser-se vencido.
E por isso, claro, escolhem a ação movida pelo medo, pois foi o que vos ensinaram. Eu, porém, ensino-vos o seguinte: se escolherem a ação movida pelo amor farão mais do que sobreviver, mais do que vencer, mais do que obter êxito. Nesse caso experienciarão a plena glória de Quem Realmente São e quem podem ser.
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