domingo, 20 de setembro de 2015

O que é o Wesak, seu significado, a tradição e a benção de Gautama Buda

O QUE É O WESAK


Os budistas comemoram o nascimento de Buda, a sua iluminação e sua ascensão no dia da lua cheia de maio, dia que se tornou conhecido como o "dia de Wesak". Maio, em sânscrito, é Wesak. É uma data muito especial para os budistas e também para os estudantes dos ensinamentos da Grande Fraternidade Branca, não apenas porque há a rememoração da vida de Buda, mas também porque neste dia, Gautama Buda oferece à humanidade uma bênção de grande alcance. É uma ocasião na qual devemos elevar nossos pensamentos para Buda, reverenciar Sua presença e nos preparar para receber a Sua bênção.

Nesse dia, há uma comemoração de acontecimentos passados que tiveram enorme impacto na evolução da humanidade. Paralelamente, ocorre, no plano etéreo da Terra, uma celebração de imensa importância espiritual, um evento celestial de grande potência. Gautama Buda aproxima-se o mais possível de nós para intensificar a luz nos corações de todos que estão sob seus cuidados e sob a influência do seu cargo espiritual.



O SIGNIFICADO DA CELEBRAÇÃO DE WESAK

A Celebração de Wesak é, do ponto de vista espiritual, um extraordinário acontecimento. O que acontece nesse dia tem influência sobre toda a vida na Terra, durante todo o ano. A maioria das pessoas não sabe a respeito desse importante evento celestial, mas isso não as impede de receber os benefícios da bênção de Gautama Buda. Nessa data, uma comitiva celestial formada por Mestres e Mestras de elevados planos aproximam-se da Terrra o máximo possível, tornando-se "quase físicos". Eles vêm acompanhados por anjos e também por discípulos mais avançados, que comparecem nos seus corpos sutis e irradiam sobre a Terra a luz de Suas auras, de uma forma muito mais intensa do que o fazem normalmente; abençoam a vida, a matéria do nosso planeta, os templos sagrados, as pessoas, as nações. Embora o ritual celestial da bênção dure, na nossa perspectiva, poucos minutos, as emanações deste dia antecedem o momento da bênção e prosseguem nos dias seguintes. É uma época para nos sintonizarmos com Gautama Buda, refletir sobre Seus ensinamentos e nos iluminar com a proximidade da Sua Presença. Então, mesmo que você não consiga fazer algo no dia considerado como o "dia de Wesak", aproveite os dias seguintes para se banhar conscientemente na grande luz que é derramada sobre a humanidade nesta ocasião.

Segundo os ensinamentos da Grande Fraternidade Branca, Gautama guarda na sua aura de dimensões planetárias todos os que estão evoluindo na Terra e mantém contato com todos por meio de uma filigrana de luz que sai do seu coração para o coração de cada um de nós. Esse contato sustenta nossa caminhada evolutiva e alimenta-nos na senda espiritual. No dia de Wesak esse contato é fortalecido e toda a vida na Terra é abençoada.

A TRADIÇÃO BUDISTA NO DIA DE WESAK

Budistas do mundo inteiro e um grande número de peregrinos locais saem em caravanas e reunem-se num vale situado numa altura bastante elevada, aos pés dos Himalaias, próximo do Nepal, nos dias que antecedem a Lua Cheia de Maio. Eles levam suas tendas, lanterna, incensos e flores; recitam as escrituras, jejuam, cantam mantras. Eles vêm reverenciar Gautama Buda; segundo a tradição, Ele comparece ao vale para abençoar a água e os fiéis.

O vale é rodeado por altas montanhas de ambos os lados, com exceção do nordeste onde há uma estreita abertura; tem a forma de uma ânfora com a boca virada para o nordeste, abrindo-se para o sul. No extremo nordeste e próximo do gargalo da ânfora encontra-se uma grande rocha plana. Não há árvores nem arbustos no vale, que é coberto com uma espécie de pasto denso, mas as vertentes das montanhas são cobertas de árvores. Os peregrinos chegam ao Vale e ocupam a parte ao sul e média, deixando o extremo nordeste relativamente livre. Ali montam suas tendas. Na parte norte do vale há uma grande rocha plana onde é colocada uma grande vasilha de cristal cheia de água.
A tradição budista relata o que acontece no plano celestial sobre o Vale, no dia de Wesak. Poucos minutos antes do momento exato da Lua Cheia de Maio uma pequena luz aparece no céu. À medida que ela se aproxima e cresce em claridade, torna-se nítida a forma de Gautama Buda, em postura de lótus. Junto Dele, aparecem outros Seres Magníficos. De frente para a rocha, olhando para o nordeste, estão: Jesus, O Cristo, que se situa no centro; o Senhor das Formas Viventes, o Manu, que se situa à Sua direita; o Senhor da Civilização, que se situa à Sua esquerda. Os três se colocam de frente para a rocha, sobre a qual repousa a grande taça de cristal cheia d’água. Por trás dos três Seres Celestiais, está o Grupo de Mestres, adeptos e discípulos avançados da Grande Fraternidade Branca. E em seguida, grupos de discípulos de vários graus de evolução, que vêm, nos seus corpos sutis, participar do grande momento.

Ao se aproximar o momento da Lua Cheia, grande quietude espalha-se pela multidão que está presente e todos olham para o nordeste. Inicia-se a cerimônia no plano etéreo, durante a qual os Seres Celestiais ocupam seus lugares, ritualisticamente, enquanto entoam mantras. Os peregrinos mantêm-se em grande expectativa e começam a entoar cantos e mantras, que vão se intensificando, enquanto olham para o céu, na direção da parte estreita do vale.

Muitos relatam ver, ao longe, o pequeno ponto no céu, a luz que cresce cada vez mais, a luz de Buda. Buda torna-se visível para muitos devotos, manifesta-se em postura de lótus, banhado de Luz, com a mão estendida, abençoando. Quando sua forma chega ao ponto exato, no centro, sobre a rocha, flutuando sobre as cabeças dos Três Grandes Senhores, um mantra muito especial é entoado por Jesus, o Cristo. Todos os participantes que se encontram no Vale se prostram, reverentes. A entoação do mantra produz uma grande vibração, um estímulo de enorme potência, que atrai, de planos muito elevados, a luz de Deus, para abençoar a vida na Terra. Buda continua abençoando e a água oferecida pelos peregrinos recebe uma potente infusão de luz.

Pouco tempo depois, lentamente, Buda se afasta, até que novamente pode ser visto somente um ponto de luz no céu, que finalmente desaparece. Todo esse ritual celestial dura oito minutos. Quando Buda desaparece, a multidão põe-se de pé; a água da taça é distribuída em pequenas porções aos que representam hierarquias mais elevadas entre os presentes. E então, a multidão, que trouxe seus pequenos copos e vasilhas de água, recebe a água abençoada. A água, santificada pela presença do Buda e dos demais participantes celestiais, contém poderes curativos e propriedades especiais. Abençoada, a multidão se dispersa aos poucos, silenciosamente.



A BÊNÇÃO DE GAUTAMA BUDA

O ritual de Wesak sinaliza o ponto máximo de bênção espiritual para o mundo. É um momento de extraordinário fluxo de vida e estímulo espiritual para todos. Por meio do esforço unido do Cristo e do Buda, atuando em íntima cooperação no transcurso do Festival, abre-se um canal de comunicação entre a humanidade e Deus, através do qual o Amor e a Sabedoria do Próprio Deus podem fluir ao mundo. No momento do plenilúnio, é como se uma porta fosse aberta para fazer escoar a poderosa bênção. Através dela os discípulos podem colocar-se em contato com altíssimas energias, difíceis de serem alcançadas de outro modo. Através desta porta pode-se chegar, neste dia, Àqueles que guiam a humanidade; nessa hora, aumenta a possibilidade de expansão da consciência dos devotos e da humanidade em geral, mais difícil de ser alcançada em outros momentos. E durante todo o ano, as emanações desse dia especial continuam, ajudando a humanidade no seu despertar.

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